quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Jovens comunistas mobilizam para o 37° congresso da UBES

A HORA É ESSA! - OPOSIÇÃO

Ousar lutar, ousar vencer



O 37° Congresso da UBES ocorre num momento especial,no próximo ano a entidade completa 60 anos de luta.È imprescindível resgatarmos o passado combativo da UBES no processo de mobilização de seu congresso tendo em vista as nossas tarefas para os próximos períodos , entre elas buscar levar a entidade de volta as escolas e as ruas em defesa da educação publica, buscando na luta cotidiana a transformação da sociedade em que vivemos.

O movimento A Hora é Essa! Ousar lutar, ousar vencer!Esta mobilizando para as etapas estaduais e já de partida saiu vitorioso na primeira disputa de delegados.Em Belo Horizonte, na escola Alisson Pereira Guimarães, foram duas chapas inscritas: chapa 1 Rebele-se e chapa 2 A hora é essa!, a chapa 2 venceu o processo eleitoral por 1011 votos contra 133 da chapa concorrente.

Este congresso tem uma novidade,o critério de tiragem de delgados foi ampliado: em escolas com ate 2000 alunos matriculados são eleitos um delegado e dois suplentes e a cada fração de 1000 subseqüentes são eleitos mais 1 Del. E 2 sup. (Antes eram eleitos no máximo dois delegados em cada escola independente do numero de alunos matriculados). Mas o funil que reduz a participação na etapa nacional foi mantido na mesma proporção de 1 delegado para cada 5 presentes nas etapas estaduais,continuando a ser o impeditivo de um congresso mais amplo,representativo e democrático.

Com uma historia de muita luta e resistência, o que se observa hoje já não e a entidade combativa de outrora. A UBES Encontra-se distante dos estudantes que representa, o que vem dificultando sua possibilidade de ação e mobilização e abala inclusive sua legitimidade. Necessitamos de uma UBES capaz de garantir o avanço das mobilizações e lutas dos estudantes. O grupo majoritário Todo Mundo pra Rua Aumentar o Som privilegia o foco na ação institucional concentra muitos esforços na relação com governos (municipais, estaduais, federal) e com o poder legislativo (câmaras municipais, assembléias legislativas e congresso nacional). Avaliamos que esses espaços são importantes, desde que a autonomia do movimento seja preservada e existam condições para conquistas reais para os estudantes e não voto para novos e velhos candidatos.

O movimento estudantil deve possuir como objetivo principal a busca por um contato mais intenso com o conjunto dos estudantes, aperfeiçoando os instrumentos de comunicação, diversificando os eventos de mobilização e realizando periodicamente espaços para reflexão e elaboração de propostas. Verificamos a dependência financeira das entidades estudantis, principalmente a UBES, dos apoios governamentais e de empresas estatais, o que cerceia a independência da entidade. Deve-se perceber que o papel das entidades estudantis é de organizar as ações do ME, buscar uma profunda mudança nas estruturas educacionais do país, fornecer suporte para as lutas em cada escola, para as grandes manifestações dos estudantes e trabalhadores e contribuir para a formação dos estudantes. Em vez de servir de agentes de governos e candidatos em troca de favores.

O CONUBES é o espaço onde vamos apresentar nossa avaliação da última direção da entidade e as questões que definem nosso posicionamento de OPOSIÇÃO ao grupo Todo Mundo pra Rua Aumentar o Som (UJS e aliados) e nossas propostas para transformar novamente a UBES em um instrumento de luta dos estudantes secundaristas brasileiros, portanto é primordial garantirmos nossa mobilização em todos os estados onde temos secundaristas organizadas de modo a garantir uma boa intervenção durante o congresso. As resoluções do 10° CONEG,a ata padrão de tiragem de delgados e o regimento do 37° CONUBES estão disponíveis no site www.ubes.org.br.

Informes sobre nossa mobilização nos estados e duvidas devem ser enviados para nossa diretora da UBES renataujc@hotmail.com. Fiquem atentos as datas e locais das etapas estaduais.

POR UMA UBES AUTÔNOMA, DEMOCRÁTICA E DE LUTA!

Mato Grosso do Sul
27 e 28 de outubro - Nova Andradina, Campo Grande ou Dourada

Espírito Santo
28 outubro - Vitória

Goiás
3 e 4 de novembro – Goiânia, Anápolis ou Catalão

Rondônia
3 e 4 de novembro - Rolim de Moura ou Porto Velho

Roraima
3 e 4 de novembro - Boa Vista

Acre
10 e 11 de novembro - Rio Branco

Amazonas
10 e 11 de novembro - Região Metropolitana

Distrito Federal
10 e 11 de novembro – Brasília

Rio Grande do Sul
10 e 11 de novembro – Tramandai

Sergipe
10 e 11 de novembro – Aracaju

Mato Grosso
13 e 14 de novembro – Várzea, Chapada ou Cuiabá

Santa Catarina
15 de novembro - Itajaí

Paraíba
15 a 18 de novembro - João Pessoa ou Campina Grande

São Paulo
15 a 18 de novembro - Campinas ou Piracicaba

Bahia
16 a 18 de novembro - Região Metropolitana

Rio Grande do Norte
16 a 18 de novembro - Ceará Mirim

Minas Gerais
23,24,25
de novembro - Juiz de Fora ou Belo Horizonte

Paraná
17 e 18 de novembro – Araucária

Ceará
23 e 24 de novembro – Fortaleza

Tocantins
24 e 25 de novembro – Palmas ou Colinas

Alagoas
24 e 25 de novembro – Maceió

Amapá
24 e 25 de novembro - Região Metropolitana

Maranhão
24 e 25 de novembro - São Luis

Pará
24 e 25 de novembro – Belém

Piauí
24 e 25 de novembro - Teresina

Rio de Janeiro
24 e 25 de novembro – Niterói, Nova Iguaçu, ou Porto Real

Pernambuco - a definir

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Chapa da esquerda vence eleição para o DCE da FFSD/RJ

O DCE Mário Prata, da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, em Nova Friburgo-RJ, já tem nova direção. A Chapa "Fala Tu", composta pela União da Juventude Comunista, Juventude do PSOL e independentes, venceu com 65,9% dos votos contra 31,18% da chapa "Reevolução" (PSTU e independentes). Os votos nulos atingiram 2,86%.

A eleição mobilizou grande parte dos alunos da Faculdade. Foi grande a participação do Corpo Discente tanto no debate entre as chapas, quanto na eleição.

Com o objetivo central de resgatar a direção colegiada no DCE, na luta por uma direção verdadeiramente democrática e reascender a combatividade do movimento estudantil, a “Fala Tu” recebeu o respaldo da maioria dos cursos de graduação e pós-graduação.

O mandato da chapa vai até setembro de 2008.

Fonte: http://ujcfriburgo.blogspot.com/

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Congresso da UBES será entre os dias 6 e 9 de dezembro

A UBES realizou no feriado de 7 de setembro o seu 10o Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), em São Paulo. Na pauta temas como a conjuntura internacional / nacional, educação e movimento estudantil. O Conselho, ainda, marcou para as datas de 6, 7, 8, e 9 de dezembro o seu 37o Congresso (CONUBES), com local ainda indefinido.

Etapas Estaduais

Os estudantes já deram início às mobilizações rumo ao Conubes, com a organização das Etapas Estaduais, que de acordo com o regimento devem ser realizadas entre os dias 5 de outubro a 25 de novembro. Só poderão ser eleitos delegados para a Etapa Nacional, onde são deliberadas questões e eleita a nova diretoria, os estudantes nomeados delegados ou suplentes para as estaduais.

As Etapas estaduais poderão acontecer simultaneamente aos congressos das entidades estaduais. O processo de eleição dos delegados em cada escola deve ser conduzido prioritariamente pelo grêmio estudantil. Se na sua escola não existir um grêmio, ou ele esteja com o mandato vencido, o processo pode ser realizado por uma comissão formada por dez estudantes da escola.

É obrigatório que a etapa estadual realize grupos de discussão e uma plenária final, onde serão eleitos os delegados e suplentes para a etapa nacional. As resoluções de cada etapa estadual serão publicadas no site da UBES.

Resoluções e Documentos:

Conjuntura
Educação
Movimento Estudantil

Regimento do 37o Congresso
Ata oficial da eleição de delegados

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Caravana em Defesa do Rio São Francisco e do Semi-Árido Contra a Transposição

O DCE da UFRPE, em conjunto com DA's e sindicatos, organizou a Caravana em Defesa do Rio São Francisco e do Semi-Árido Contra a Transposição em Recife no dia 28 de agosto para discutir as irregularidades do projeto de transposição do Velho Chico e apresentar alternativas que possam levar água à população do Semi-Árido.

O primeiro encontro foi na Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde uma platéia de 180 pessoas ouviu atentamente a opinião dos membros da Caravana, logo em seguida partiu-se para

o encontro com o reitor da UFRPE e também para uma entrevista no programa Sopa Diário da TV Universitária e à tarde teve a audiência com o Prefeito da Cidade do Recife, no caso estava assumindo o vice Luciano Siqueira. Recife é a nona de treze cidades que a Caravana está percorrendo. A primeira foi Belo Horizonte, no dia 19 de agosto.

Enquanto 70% da água será destinada aos grandes projetos de irrigação, apenas 4% será para o abastecimento humano. O Governo Federal se contradiz ao levar adiante a transposição já que a Agência Nacional das Águas (ANA), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), apresentou, recentemente, o Atlas Nordeste, um estudo que aponta alternativas de abastecimento de água para os municípios urbanos com população acima de cinco mil habitantes a partir de mananciais de água já existentes e com o recurso duas vezes menor que o da transposição, orçada em R$6,6 bilhões.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Estudantes e movimentos populares foram às ruas em defesa da educação pública

Atividades da Jornada reuniram milhares de estudantes em vários estados

Entre os dias 20 e 24 de agosto, ocorreu em diversos estados do Brasil a Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública. Organizada por várias entidades como a UNE, a UBES, a Conlute, a Intersindical, o ANDES-SN e outros movimentos como o MST, a CPT, o Círculo Palmarino e o MAB, a Jornada realizou atos, debates e ocupações em várias cidades.

A pauta da Jornada teve 18 pontos (veja aqui) e entre eles a erradicação do analfabetismo e o fim do vestibular. Estavam na pauta, também, a luta por ampliação do investimento na educação pública; a defesa de uma formação universitária baseada no ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento; e a gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino.

Alexandre Silva (Cherno), diretor de Políticas Educacionais da UNE e militante da UJC, avalia que a Jornada foi um sucesso, com atividades numerosas que mobilizaram todos os setores do movimento estudantil em conjunto com o MST. E completou afirmando que “a Jornada abre um novo momento para o estudantes onde a unidade do movimento será fundamental para travarmos uma disputa contra hegemônica na educação e construirmos uma nova universidade brasileira”.

A UJC participou ativamente da organização da Jornada em diversos estados. Túlio, secretário-geral da UJC e detido na ocupação em Minas, faz uma avaliação positiva da Jornada e afirma que o debate de educação deve vir acompanhado pela discussão da Universidade Popular. “Uma universidade que tenha como princípio o ensino crítico, rompendo com o modelo pedagógico atual, colocando a educação como instrumento de emancipação das classes dominadas”.

Foto: UNE

Jornada de Luta em São Paulo

Estudantes protestam contra a ação violenta da PM paulista


Faixas na faculdade de Direito da USP denunciam diretor instituição

A Jornada em São Paulo teve início na segunda (20/08) com um debate na USP que reuniu centenas de estudantes. Na mesa estavam entidades e movimentos como a UNE, a CONLUTE, o ANDES, a APEOESP, e o MST e que debateram os pontos da Jornada.

No dia 21, cerca 500 estudantes ocuparam a Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, e realizaram diversas atividades políticas e culturais. O músico Tom Zé esteve presente no ato e se apresentou para os ocupantes. Porém, a ocupação pacífica e simbólica sofreu um duro golpe quando a tropa de choque da PM/SP de forma truculenta invadiu a faculdade e retirou os ocupantes de forma dura, entre eles crianças de colo, e os manteve sob controle do lado de fora da universidade onde passaram por um violento processo de revista, antes de serem detidos e fichados na delegacia.

Segundo Larissa Alves, estudante de Geografia da USP e militante da UJC, que estava na ocupação, "a Jornada de Lutas em Defesa da Educação Pública foi vitoriosa por unir o conjunto dos movimentos populares em torno de bandeiras consensuais que apontam para uma atuação conseqüente do movimento". E sobre a repressão policial, reitera: "sem dúvida o movimento popular desgastou ainda mais o governo Serra que mais uma vez respondeu com truculência uma ação simbólica que tinha como mote uma universidade pública, gratuita e de qualidade para todos e uma educação que atenda as necessidades da classe trabalhadora", fecha.

No dia seguinte foi realizado um ato na faculdade em repúdio a ação violenta da polícia militar de São Paulo. No dia 24, um grande ato encerrou a jornada em São Paulo, com uma participação qualificada da militância da UJC.


Fotos: UNE e CMI Brasil

Jornada de Luta em Minas Gerais

Renata Regina, diretora da UBES, no debate sobre acesso à educação

Estudantes e sem-terras na ocupação da UFMG

Na capital mineira, a Jornada iniciou no dia 20 com uma ocupação em frente a reitoria da UFMG. Os estudantes levantaram uma barraca de lona,que serviu de espaço para os debates que foram realizados em torno da pauta nacional.

Na quarta-feira, pela manhã, houve um grande ato que reuniu cerca de mil pessoas pelas ruas do centro de Belo Horizonte. A tarde cerca de 200 manifestantes ocuparam o 4º andar do prédio da Ferrovia Centro Atlântica, onde funciona um escritório da Cia. Vale do Rio Doce. A ocupação tinha o objetivo de chamar a atenção para a campanha “A Vale É Nossa”, e reivindicando uma coletiva de imprensa para deixar claro à sociedade, que aquela era uma ocupação pacífica, e justificada uma vez que a vale foi uma verdadeira doação ao capital privado. Atendendo um pedindo da Vale, que afirmou em nota que os manifestantes fizeram dois reféns, a PM invadiu o prédio e prendeu cerca de 130 pessoas.

Entre os detidos estavam, Túlio, Renata, Pedro e Jéssica, que são militantes da UJC. Na ocupação tinha crianças e mulheres que foram algemados e retirados do prédio à força. Todos os participantes da ocupação negaram que tivessem feitos reféns como afirmou a Vale. A ação violenta da PM mineira deixa claro o tipo de relação que o governo de Aécio Neves tem com os movimentos sociais no estado.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) divulgou uma nota, na sexta-feira, em solidariedade aos companheiros presos na ocupação e exigindo a libertação dos mesmos. No mesmo dia, os presos foram liberados, mas devem responder processo. Leia aqui a nota.

Na opinião de Renata Regina, diretora da UBES e militante da UJC, "a Jornada cumpriu seu papel, apresentando os 18 pontos da pauta nacional a toda à sociedade, e foi sem duvida, uma grande vitória dos movimentos sociais alcançarem a unidade entre entidades e organizações que atuavam isoladas desde 2003".

Leia mais:
Após pagamento de fiança, militantes são soltos em MG


Fotos: UJC/MG

sábado, 25 de agosto de 2007

Jornada de Luta em Pernambuco

Em Recife, o ato reuniu cerca de mil manifestantes na quarta-feira. O ato saiu da sede da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e foi até o Palácio das Princesas, onde os estudantes entregaram um documento com as reivindicações da jornada ao secretário especial de articulação social do governo estadual, Waldemar Borges. O DCE da UFRPE realizou diversas atividades políticas e culturais, lembrando o atual desmonte da universidade pública no país.

Na avaliação de Benoni, secretário político da UJC/PE, o ato foi muito importante, pois conseguiu unir todos os setores do movimento em torno de bandeiras comuns e mobilizou os estudantes para uma luta fundamental hoje, que é a defesa da educação pública.

Jornada de Luta no Rio de Janeiro

No dia 20/08, vários estudantes ocuparam o IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ) pela manhã e permaneceram no local até o final do dia. No pátio do instituto foi organizado um debate sobre acesso e financiamento da educação com os profs. Roberto Leher e Guiseppe Coco.


Na quarta, centenas de estudantes foram às ruas num grande ato no Centro da cidade. O ato seguiu em direção ao MEC, mas antes parou em frente à sede da Cia. Vale do Rio Doce, onde diversos partidos e juventudes convocaram os estudantes a participarem ativamente do Plebiscito Popular pela Reestatização da Vale.

Segundo Rafael, estudante do CEFET e militante da UJC, a ocupação seguida do ato foi bastante positiva, pois os espaços serviram de formação e de mobilização para o movimento estudantil na luta contra o desmonte da educação pública.

Foto: Jornal Estado de São Paulo

Jornada de Luta em Goiás

Em Goiânia, os estudantes realizaram um ato no Conselho Universitário da UFG na quarta-feira. O ato reuniu dezenas de estudantes e militantes sem-terra e pautou os 18 pontos da jornada.

João Victor, coordenador do DCE UFG e militante da UJC, participou do ato e afirmou que “a jornada foi uma ótima oportunidade para o movimento estudantil pautar questões fundamentais na luta em defesa da educação pública”.

Jornada de Luta na Bahia



Ato reuniu três mil estudantes nas ruas da capital baiana

Em Salvador, no dia 22, ocorreu um ato que reuniu três mil estudantes. Os manifestantes partiram da Praça do Campo Grande e seguiram até a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde houve uma ocupação.

Samuel Marques, diretor da ABES (Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas) e militante da UJC, afirmou que a Jornada demonstrou a necessidade de transformamos a educação no país.

Foto: UNE

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Nota do PCB em solidariedade aos presos em Minas

Toda a solidariedade aos companheiros presos no Ato contra a privatização da Vale do Rio Doce



Nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, diversos movimentos sociais que participam da campanha pelo plebiscito nacional contra a privatização da Companhia Vale do Rio Doce realizaram um Ato de protesto no escritório regional da Vale em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O ato tinha como propósito chamar a atenção da opinião pública sobre os dez anos de um dos maiores crimes de lesa-pátria já cometidos na história da República, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso promoveu a privatização de uma das empresas mais rentáveis do mundo, uma empresa estratégica para o desenvolvimento nacional, sem qualquer consulta popular e, como se não bastasse, a um preço muito abaixo não apenas do valor de mercado da empresa e que não incluiu o valor das jazidas a serem exploradas (muito mais elevado).

Assim que se iniciou a manifestação, o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar foi acionado e cercou o edifício onde se encontravam os manifestantes, em sua maioria estudantes secundaristas, mulheres e trabalhadores rurais. Mesmo esboçando a intenção de desocupar o prédio pacificamente, todos os manifestantes - cerca de 140 pessoas -, foram presos e encaminhados para o Departamento de Operações Especiais, situado no lugar onde, até o início dos anos 80, funcionava o DOPS.

Somente no final da noite foi liberada a maioria dos manifestantes (muitos deles estudantes, menores de idade). No entanto, cerca de sete manifestantes continuavam presos até o final da manhã de hoje, tendo sido indiciados pela polícia mineira.

A Vale do Rio Doce foi uma empresa constituída ao longo do tempo com o suor e o sacrifico dos trabalhadores brasileiros, que nela reconheciam um patrimônio nacional, um importante instrumento para a soberania e o progresso do país. A venda da Vale foi uma das maiores traições aos interesses do país e uma das maiores fraudes na história das privatizações que o neoliberalismo já promoveu no mundo.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público manifestar seu apoio à luta pela reestatização da Vale do Rio Doce. Estamos engajados, em todo o país, na construção do Plebiscito da Vale e organização do movimento social na luta contra as políticas neoliberais promovidas pelo Governo.

Exigimos a imediata soltura dos companheiros presos na manifestação em Belo Horizonte e o reconhecimento do Supremo Tribunal Federal pela nulidade do processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce.

VALE A PENA LUTAR!

A VALE É NOSSA!

Partido Comunista Brasileiro

Fonte: www.pcb.org.br

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

OCLAE comemora os seus 41 anos de vida e luta

Texto sobre os 41 anos da OCLAE.

“Em 41 anos de vida a OCLAE foi e continua sendo a porta-voz legítima dos anseios dos estudantes no continente, e quando outras ditaduras em diversos períodos ousaram tentar calar as entidades estudantis em seus respectivos países (Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Granada, Haiti, Nicarágua, entre outros), nossa organização internacional furava bloqueios e gritava para todo o mundo, de várias formas e por distintos expedientes, as atrocidades perpetradas contra os irmãos estudantes desses países”.

Ler o texto na íntegra aqui

sábado, 18 de agosto de 2007

Movimentos sociais se mobilizam em defesa da Educação Pública


JORNADA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PUBLICA

20 a 24 de agosto

1) Pela erradicação do analfabetismo:

2) QUEREMOS ESTUDAR: garantia do acesso da classe trabalhadora a educação publica de qualidade e socialmente referenciada em todos os níveis. Fim do vestibular e dos processos excludentes de seleção para ingresso

3) Implementação de políticas de ações afirmativas capazes de reverter o processo histórico de exclusão, com gratuidade ativa e políticas de assistência estudantil para garantir a permanência.

4) Ampliação do investimento público da educação pública para no mínimo 7% do PIB.

5) Em defesa da expansão de vagas com garantia de qualidade e abertura de concursos para professores e técnico-administrativos e infra-estrutura adequada.

6) Autonomia das universidades frente às ingerências de governos e mantenedoras.

7) Em defesa de uma formação universitária baseada no tripé ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento.

8) Por uma avaliação institucional de educação superior socialmente referenciada, com participação dos estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais, sem caráter produtivista, meritocrático e punitivo.

9) Gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino.

10) Controle público do ensino privado em todos os níveis. Pelo padrão unitário de qualidade na educação. Pela redução das mensalidades e contra punição dos inadimplentes.

11) Garantia da livre organização sindical e estudantil, em especial, nas instituições privadas. Em defesa do direito a greve.

12) Por um sistema nacional de educação que impeça a fragmentação entre os diversos níveis e garanta a obrigatoriedade no ensino médio publico.

13) Contra a privatização do ensino público e dos hospitais universitários, seja por meio das fundações privadas seja pela aprovação do projeto de criação de fundações estatais.

14) Pela garantia dos direitos conquistados pelos professores e técnico-administrativos das instituições públicas, contra o Projeto de Lei Complementar – PLP 01.

15) Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes.

16) Em defesa de um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação calculado pelo DIEESE para a jornada de 20 horas.

17) Pela derrubada dos vetos ao PNE 2001. Pela construção coletiva do novo PNE da sociedade brasileira que atenda as reivindicações históricas da classe trabalhadora.

18) Pela imediata implantação da lei 10.639 em todos os níveis educacionais

Entidades que assinam este documento:

UNE, UBES, MST, CONLUTE, CONLUTAS, INTERSINDICAL, FASUBRA, FEAB, VIA CAMPESINA, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, ANDES, ENECOS, CIRCULO PALMARINO, MAB, CPT, PJR, MPA, MMC, GAVIOES DA FIEL, UJR, MOVIMENTO CORRENTEZA, UJC, UJS.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O Globo, a Revolução Cubana e o Pan


Ivan Pinheiro

Secretário-geral do PCB

"Acrescentam tais notícias que, nas cidades do interior (na área de Sierra Maestra), registraram-se vários atos de sabotagem, inclusive um atentando contra uma escola rural."

O Globo, 1º de agosto de 1957 (página 9 do Segundo Caderno, 01/08/07)
(sobre atividades da guerrilha em Cuba, comandada por Fidel Castro)

"-Ele (Fidel) já se aposentou. Quem manda agora é seu irmão – disse o sapateiro Eduardo Diaz."

O Globo. 2 de agosto de 2007 (página 32 do Caderno Economia, 02/08/07)
(sobre especulações a respeito de divergências entre Fidel e Raul Castro)

As organizações Globo comemoram 50 anos de luta sem tréguas contra a Revolução Cubana. Que coerência! A campanha sistemática começou antes mesmo da entrada vitoriosa dos guerrilheiros em Havana, em 1º de janeiro de 1959!

São 50 anos de manipulação. Você consegue imaginar Fidel Castro, Chê Guevara e Camilo Cienfuegos cometendo atentado contra uma escola rural e, mais tarde, entrando gloriosamente em Havana, recebidos com festa por onde passavam? Você acredita que algum repórter entrevistou o "sapateiro Eduardo Diaz", em Cuba?

Durante este tempo, Fidel já esteve para ser "derrubado" e a economia cubana "faliu" dezenas de vezes. Logo após a queda do Muro de Berlim e da União Soviética, a contagem regressiva do fim do "regime cubano" era acionada o tempo todo. O grande debate era quantos dias duraria a "ditadura de Fidel"!

Na cobertura dos Jogos Pan-Americanos não podia ser diferente. Pelo contrário, teria que ser pior. A doença de Fidel aumentou o ódio do imperialismo, ao qual "O Globo" serve, pois desmoralizou uma mentira repetida durante décadas: sem ele, o socialismo acabaria. Lembram-se das imagens no Jornal Nacional quando do afastamento de Fidel? Os exilados cubanos em Miami fazendo festa e os "analistas" anunciando a derradeira contagem regressiva.

Foi ridícula a cobertura do Pan pela imprensa brasileira, em especial a da Rede Globo. Só o indomável Fausto Wolff teve a coragem de denunciá-la, em sua coluna no JB. Não era uma cobertura do Pan, como espetáculo esportivo. Era a cobertura das vitórias do Brasil no Pan! Uma competição indisfarçável com os cubanos pelo segundo lugar nas medalhas.

Quem visse a Globo durante o dia, assistia, em flashes ao vivo, no meio da programação, todas as vitórias do Brasil. À noite, quando se exibia o quadro de medalhas, muitos de nós devíamos nos perguntar como Cuba continuava na frente do Brasil, se durante o dia não ganhava nada. Só se via cubano ganhando medalha quando o confronto era contra o Brasil e nossas chances eram boas. E não ouvíamos o hino nacional cubano! No caso dos venezuelanos, como seus esportes principais não coincidem com os do Brasil, simplesmente não os vimos ganhar medalhas. Alguém aí se lembra do uniforme venezuelano? E, no entanto, a Venezuela ganhou 69 medalhas, chegando na frente da Argentina, pela primeira vez na história dos Pans.

A cobertura histérica e "patrioteira" da Globo, no indefectível estilo Galvão Bueno e com os gritinhos de "Brasil!", empurrou a torcida brasileira para um comportamento patético contra os "inimigos". Vaiavam-se atletas estrangeiros até nos momentos em que o esportista precisava concentração, desequilibrando o mais importante dos fatores numa competição: a igualdade de condições.

Mas nada se comparou à mais grosseira das manipulações da Globo no Pan: a "debandada" da equipe cubana no sábado à noite. Com duas equipes ao vivo, uma na Vila do Pan e outra no aeroporto do Galeão, a reportagem mostrava os atletas voltando para Cuba, enquanto o repórter informava ao distinto público que toda a delegação estava indo embora, por ordem do governo, porque no dia seguinte haveria uma "defecção em massa".

Ali, a Globo queria ir às forras pela ousadia dos cubanos de chegarem na frente do Brasil. Aproveitando-se de um erro da delegação cubana (não ter deixado alguns atletas do vôlei para receber as medalhas de bronze) e da defecção de três atletas (numa delegação de 520) que aceitaram ser comprados como mercadoria, na esperança de ficarem ricos no exterior, a emissora mentiu descaradamente e acabou pautando toda a imprensa no dia seguinte.

O desmentido saiu nas últimas páginas dos jornais de segunda-feira, em espaço reduzido. Mas o estrago estava feito. A verdade -- do conhecimento prévio da ODEPA, do COI e do governo brasileiro -- era outra. Como fizeram todas as delegações estrangeiras, inclusive a norte-americana, os atletas estrangeiros chegavam e saiam em função do cronograma dos jogos, na medida que algumas modalidades acabavam e outras iniciavam. O vôo da "debandada dos cubanos", no sábado à noite, era o penúltimo da volta gradual da delegação cubana, que dispunha de um único avião fretado, da Cubana de Aviación.

Mas a mentira teve perna curta. No domingo de manhã, a direção da Globo soube que o vôo de sábado não era o último e que haviam ficado quase 200 membros da delegação cubana, para a cerimônia de encerramento. Com todo o aparato técnico e equipes já instalados no Maracanã, a Globo resolveu suspender a transmissão, pois seria impossível esconder, ao vivo, a garbosa delegação cubana desfilando em meio às outras, cena que só pudemos assistir porque a Bandeirantes transmitiu. Aliás, só neste canal conseguimos ver os muitos maratonistas cubanos que participaram da competição no domingo de manhã: a Globo os escondeu!

Quanto às defecções, exploradas de forma sensacionalista, fizeram-me lembrar os milhares de atletas brasileiros que atuam no exterior -- como praticamente todos os jogadores de nossas seleções de futebol e de vôlei – e que são vendidos, alguns a peso de ouro, até à sua revelia, como mercadorias, por seus proprietários (empresas, clubes e empresários). Hoje mesmo, informa-nos a Globo, um jovem jogador gaúcho, aos 17 anos, ainda civilmente menor, foi vendido para a Itália por R$56 milhões! Lembro-me também, o que é mais triste, dos milhares de brasileiros que fogem daqui para tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos, com risco de vida, para lavar pratos ou entregar pizzas.

Como brasileiro, estou orgulhoso dos nossos atletas que ganharam medalhas, principalmente os que tiveram que lutar muito para vencer, num país capitalista, mesmo em esportes em que não é preciso ser rico, como iatismo ou hipismo. Quem de nós não encheu os olhos de lágrimas ao ver a fita de chegada da maratona ser rompida por um brasileiro de origem humilde? A primeira coisa que me veio à mente foi a certeza de que o Brasil tem tudo para ser o primeiro lugar em medalhas, inclusive olímpicas, quando tivermos aqui uma sociedade justa, democrática, fraterna, sem a exploração do homem pelo homem, como em Cuba, em que brancos, negros e mulatos, homens e mulheres, são rigorosamente iguais, em direitos e deveres.

Mas, cá entre nós, como internacionalista, estou muito orgulhoso com o primeiro lugar de Cuba neste Pan Americano, na frente dos Estados Unidos. Primeiro lugar? Alguém pode perguntar: mas não foi segundo? Não. O meu grande amigo Simões já fez as contas, irretorquíveis, baseadas no critério mais justo: a proporção de medalhas por cada milhão de habitantes.

Cuba, primeiro lugar disparado, ganhou neste Pan 11,25 medalhas por um milhão de habitantes. O Canadá, 4,15; a Venezuela, 2,65. E mais uma vitória do Brasil: com 0,89, chegamos na frente dos norte-americanos, que ficaram na lanterna, com 0,79!

Fonte: www.pcb.org.br

Leia também:

“A esquerda e a solidariedade às lutas na América Latina” (aqui)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Vídeos da campanha "A Vale é nossa!"

A campanha A Vale é Nossa, pela nulidade do leilão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), chega a um momento decisivo. Falta pouco mais de um mês para a primeira semana de setembro (1º a 7, podendo estender até o dia 9), data quando será realizado o Plebiscito Popular que irá debater com a população sobre o destino da segunda maior mineradora do mundo.

Neste momento, contamos com um dado importante. Uma pesquisa, encomendada pelo DEM (antigo PFL) - acreditem - revelou que 50,3% dos brasileiros estão a favor da retomada da Vale pelo governo brasileiro! Apenas 28,2% são contra a medida. E 21,5% disseram não saber responder. Sabemos que, juridicamente, de acordo com a Lei de Ação Popular, esta possibilidade existe, depende de uma atitude do Executivo.

O plebiscito popular sobre a Vale é a pauta unificadora de diferentes forças de esquerda, somadas a indivíduos, organizações e entidades das mais diversas que tem como pauta principal a defesa da soberania do Brasil. É a prioridade dos movimentos sociais no segundo semestre de 2007. Mais de 62 organizações, entidades e sindicatos aderiram à campanha. Agora, todos os estados do país possuem ao menos um comitê estadual, comitês locais, regionais e setoriais.

Fonte: www.avaleenossa.org.br


Vídeos da campanha:

Parte 1: http://br.youtube. com/watch? v=LM6oph1muCI

Parte 2: http://br.youtube. com/watch? v=qBEK1Wup0dw

Parte 3: http://br.youtube. com/watch? v=GfwlYZeVjF

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Eleição da Diretoria da UNE 2007-2009

O 50o Congresso da UNE aprovou uma nova plataforma (veja link abaixo) política e elegeu a nova diretoria da entidade. A União da Juventude Comunista - UJC / PCB participou da eleição compondo uma chapa com partidos e grupos políticos que compõem o campo da oposição de esquerda à diretoria da entidade (mostramos abaixo o resultado da eleição). Em breve a UJC estará debatendo e divulgando um balanço político do Congresso e propondo ações para o movimento estudantil.

Plataforma Política: Veja AQUI

Eleição da Diretoria:
UNE Livre (grupo estudantil que defende o Software Livre) – 7 votos
Multiplicidade (PSDB) – 2 votos
UNE Livre e Democrata (DEM, ex-PFL)– 1 voto
Deus, frente de paz ("encabeçada" por um estudante católico) – 5 votos
Um passo a frente (Sonhos Não Envelhecem, A Hora É Essa, Paga Nada, Romper o Dia!, Vamos à Luta e Domínio Público) – 232 votos
Mais uma dose (PPS) – 73 votos
Rebele-se (Rebele-se) – 92 votos
Juventude Petista (Reconquistar a UNE, O Trabalho, MPT e Articulação Estudantil) – 279 votos
1º de fevereiro (UJS, MR8, Articulação Unidade na Luta, DS, JSB e PDT) – 1.802 votos

Bancos e nulos – 33
Total – 2.526 votos

Obs.: Duas chapas que se retiraram: A UNE de volta pra luta (Prestistas) e AJR (PCO).

terça-feira, 10 de julho de 2007

Resoluções do 50º Congresso da UNE


Plataforma Política:

Propostas Consensuais

Resolução sobre Conjuntura

Resolução sobre Educação

Resolução sobre Movimento Estudantil

Resolução sobre CONEB

PROPOSTAS CONSENSUAIS

INTERNACIONAL

- Em defesa da soberania nacional e pela autodeterminação dos povos. Contra política do imperialismo estadunidense no Iraque e Afeganistão. Todo apoio à luta do povo palestino! - Solidariedade ao povo de Cuba, Venezuela e todos os países que resistem aos ataques dos EUA. Pela libertação dos 5 patriotas cubanos, presos nos Estados Unidos por lutarem contra o terrorismo imperialista sobre Cuba. Abaixo o "Plano Colômbia", pelo fim da presença militar norte-americana na América Latina! Pela Liberdade de Francisco Caraballo!

- Apoio e participação no Tribunal Internacional Katrina, que julgará os culpados pelo abandono e violência contra a população negra atingida pelo furacão em Nova Orleans.

- Participação ativa nas manifestações contra a globalização neoliberal (em particular nas visitas de Bush na América Latina). Denúncia da apropriação da biodiversidade latino-americana e não-reconhecimento destas patentes.

- Contra a implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Defesa de uma política externa de solidariedade latino-americana. Organizar debates sobre alternativas de integração econômica para o continente, como a ALBA - Área Livre Bolivariana das Américas e o Banco das Américas.

NACIONAL

- Fim da política de aperto fiscal e juros altos, superávit primário, pela demissão imediata de Meirelles. Não à renovação dos acordos com o FMI! Suspensão imediata do pagamento da dívida externa e interna. Não à autonomia do Banco Central! Redução da taxa básica de juros, aumento do salário mínimo e fortalecimento da poupança interna. Pela revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Contra a Desvinculação de Receitas no âmbito da União, dos Estados e dos Municípios. Pelo fim do Programa Nacional de Desestatização (PND).

- Defesa da soberania nacional; pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia, proporcionando nossa soberania sobre essa área estratégica e também a de nossos vizinhos na Amazônia. Em Defesa do direito de greve e demais manifestações reivindicatórias. Apoio a posição da CUT em defesa do veto presidencial à emenda 3; Retirada do PLP 01 do PAC; defesa do direito irrestrito de greve. Contra as terceirizações no serviço público e o trabalho precário em todos os setores.

- Denúncia e desapropriação das terras e fábricas onde houver trabalho escravo, infantil ou exploração dos trabalhadores no campo e na cidade.

- Apoio ativo à luta do movimento do campo pela Reforma Agrária, com garantia de subsídios públicos, assistência técnica, saúde, educação e infra-estrutura para os assentados, como forma de viabilizar uma política de abastecimento urbano. Atualização do índice de produtividade agrária. Contra o Latifúndio e o Agronegócio.

- Defesa das empresas estatais; contra novas privatizações e pela auditoria e reestatização das empresas estatais estratégicas. Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce. Fim dos leilões das áreas petrolíferas brasileiras, pelo reestabelecimento do monopólio Petrobrás.

- Solidariedade ativa na luta pela Reforma Urbana.

- Todo apoio às mobilizações populares!

EDUCAÇÃO

- Rearticular o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, na luta pela ampliação do investimento em educação, pelo fim dos vetos ao PNE de FHC e pelo ensino público, gratuito, universal e de qualidade em todos os níveis da educação.

- Apoio à greve dos servidores públicos das Universidades em defesa do Plano de Carreira, valorização da profissão e de acesso aos serviços de saúde.

- Pelo Passe Livre Estudantil.

- Defesa do piso nacional dos trabalhadores em educação defendido pela CNTE:

- Pela aplicação da lei 10.709, que garante transporte gratuito a todos os estudantes.

- Que a UNE e sua nova diretoria continue o debate sobre a Reserva de Vagas, racismo e a universidade democrática e popular.

- Em defesa da obrigatoriedade do ensino de Filosofia e Sociologia na Educação Básica, principalmente no Estado de São Paulo, onde o Governo do Estado rejeita a orientação nacional da obrigatoriedade.

- Defesa da obrigatoriedade de uma disciplina de Informática Básica em todos os cursos universitários e que ensine prioritariamente Software Livre.
- Combate à evasão escolar; implementação imediata de um Programa Nacional de Assistência Estudantil, assegurando no mínimo uma verba de 200 milhões na rubrica específica no orçamento do MEC para as universidades. Ampliação de vagas nos cursos noturnos presenciais das públicas com garantia de qualidade, tendo como meta elevar a participação dessas instituições para, no mínimo, 40% das vagas no ensino superior, inclusive com uma política de interiorização com qualidade acadêmica, assistência estudantil, infra-estrutura e contratação de profissionais de carreira. Mais 1 bilhão de reais para as universidades no ano de 2008.

- Defesa da autonomia universitária. Não à privatização das universidades e sim ao caráter público do ensino superior. Fim de todo e qualquer curso pago em instituições de ensino superior públicas; contra as terceirizações e a cobrança de taxas e mensalidades no ensino superior público.

- Em defesa de ações de assistência estudantil que garantam o planejamento familiar, o atendimento médico, odontológico, psicológico e materno-infantil. Pela garantia de vagas para estudantes mães nas residências universitárias, creches universitárias e outras políticas no mesmo sentido.

- Criação de conselhos de assistência estudantil nas universidades, públicas e privadas.

- Ampliar a relação da UNE com a Secretaria nacional de casas de estudantes – SENCE e com os conselhos de residentes. Ampliação do debate da UNE sobre a moradia estudantil.

- Fazer uma campanha nacional em defesa das condições de permanência aos estudantes cotistas. Pelo fortalecimento de projetos como Brasil-afroatitude, Conexão de Saberes e Permanecer.

- Contra a instituição do “Centro Universitário” .

- Proibição de demissão de professores e funcionários por perseguição política nas particulares.

- Defesa intransigente da transparência na gestão financeira e democrática das pagas.
Melhoria no acervo das bibliotecas, laboratórios de informática e investimentos em projetos de extensão universitária.

- Lutar para garantir intercâmbio dos alunos das nossas escolas e universidades com outras universidades no Brasil e no Mundo

- Lutar para a criação de creches em universidades.

- Isenção das taxas de inscrição no vestibular para alunos oriundos de escolas publicas;

- Lutar para a Criação de Restaurantes Universitários nas instituições de ensino superior.

Não às privatizações das instituições públicas federais ou estaduais, e que sejam sempre públicas.

- Gestão democrática de fato na Universidade Pública, com eleições diretas para reitor e nos órgãos colegiados nas universidades e fim das fundações privadas.

- Contra a cobrança de taxas na universidade pública.

- Pela expansão das vagas na universidade pública. É necessário lutar pela garantia de financiamento público, contratação de pessoal de carreira nas mais variadas áreas de trabalho e alocação de recursos para infra-estrutura como bibliotecas, laboratórios, RU’s, etc.

MOVIMENTO ESTUDANTIL

- Autonomia e independência da UNE face ao Governo Lula.

- Em defesa das greves estudantis e ocupações de reitorias como forma de protesto pela melhoria da educação e por uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Que a UNE encaminhe carta de apoio a todos os DCE’s .

- Por uma campanha nacional contra as punições dos estudantes em luta, que como na USP ocuparam reitorias e prédios nas Universidades.

- Liberdade de organização estudantil, com concessão de sede e espaços físicos para as entidades e garantia de livre acesso e circulação aos dirigentes de grêmios estudantis DA’s, CA’s, DCE’s, UEEs e UNE

- Participação na organização do plebiscito pela anulação do leilão da Companhia Vale do Rio Doce (de 01 a 07 de setembro de 2007).

- Participação da UNE na Marcha Zumbi dos Palmares, no Dia Nacional da Consciência Negra;

- Que a UNE amplie o debate sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, a Universidade Nova, a Reforma do Ensino Superior, avaliação institucional e temas congêneres.

- Que o Congresso altere o estatuto e designe como sede da UNE no Rio de Janeiro, situada na Praia do Flamengo, 132, Rio de Janeiro, RJ.

- Maior valorização dos espaços não deliberativos de discussão e acúmulo, como Seminários e Encontros. Construídos de forma plural e democrática no interior da direção da UNE, em conjunto com as outras entidades do movimento estudantil.

- Ampliação do número de beneficiados pelos programas PET (CAPES) e PIBIC (CNPq). Correção imediata do valor das bolsas de iniciação científica (IC).

- Maior diversificação dos instrumentos de comunicação da UNE. Consolidação do boletim eletrônico, produção de materiais para veiculação nas rádios e TV’s universitárias e comunitárias, ampliação da tiragem e melhoria da distribuição da revista Movimento; aprimoramento do portal Estudantenet e construção da rede de comunicadores do movimento estudantil.

- Derrubada imediata da MP 2208/01. Pela aprovação de uma legislação que dê autonomia ao movimento estudantil. Ampliação da Ouvidoria da UNE para todo o país em parceria com as entidades estaduais, Ministério Público e a rede do Procon.

- Realização do III Encontro de Mulheres da UNE e participação no Dia Internacional da Mulher.Construir a campanha pela legalização do aborto. Denúncia e criminalização da violência contra a mulher. Incentivar a discussão sobre os direitos reprodutivos da mulher, o acesso aos métodos contraceptivos, ao planejamento familiar e combate a gravidez precoce. Defesa pelo direito de decidir. Este deve ser tratado como questão de saúde publica.

- Criação de um espaço de discussões sobre as questões ambientais (ocupação sustentada da Amazônia, Protocolo de Kioto, etc), privilegiando-se em um primeiro momento o debate sobre a transposição do Rio São Francisco, com a finalidade de formar uma opinião do movimento estudantil sobre o assunto.

- Ampliar o movimento, envolvendo os estudantes que estão fora do movimento estudantil. Apoio aos DAs e CAs das universidades do interior do país. Apoiar os projetos feitos nos cursos, juntamente com os CA´S.
Que a Une em 2007 promova caravanas que tinha como objetivo discutir a igualdade racial, diversidade sexual e a emancipação das mulheres e possa levar para dentro dos escolas publicas e particulares a discussão sobre esses temas.

- Consolidação da Diretoria GLBTT da UNE. Participação da UNE nas Paradas do Orgulho GLBTT, com identidade própria e plenárias preparatórias nos estados e cidades onde estas ocorrerão. Realização do 1º Encontro de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais da UNE.Reedição do projeto “Universidade Fora do Armário” com abrangência em todas as regiões do país. Que a UNE incentive a formação de núcleos GLBT nas universidades e coordenações GLBT nas entidades do movimento estudantil.

- Realizar campanhas nacionais contra a violência contra mulheres, crianças e adolescentes;

- Que a UNE realize a 6º Bienal da Arte Ciência e Cultura, ampliando o seu trabalho na area cultura e fomente a produção independente nas universidades.

- Em defesa das greves estudantis e ocupações de reitorias como forma de protesto pela melhoria da educação e por uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Por uma campanha nacional contra as punições dos estudantes em luta, que como na USP ocuparam reitorias e prédios nas Universidades.

- Criação de um conselho editorial , sobre as questões de comunicação da entidade , a ser regulamentado pela diretoria.

MEIO AMBIENTE

- Defesa da preservação do meio-ambiente e contra a sua exploração/especulação pelos grandes grupos econômicos;

- Revogação da Lei de Florestas e rigor na aplicação da legislação ambiental e fundiária existente;

- Ampliação dos recursos para o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA. É necessário ampliar as ações de reflorestamento e revitalização dos rios brasileiros.

- Defesa dos biomas brasileiros para garantir a fauna, flora e os recursos genéticos úteis à ciência. Contra a degradação ambiental pela urbanização irregular e pelas atividades comerciais.

- Defesa das Amazônia como território estratégico para a ciência, tecnologia, antropologia e soberania nacional.

- Defender punição para as práticas de biopirataria.

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

- Contra a redução da maioridade penal. Pela implementação do Estatuto da Criança e Adolescente, principalmente na garantia de alimentação, educação, saúde, lazer e liberdade religiosa.

- Contra a exploração de estagiários como mão de obra barata.

- Contra a discriminação econômica, racial, religiosa, de orientação social e sobre os portadores do HIV e outras patologias.

- Em defesa de ações governamentais que elevem a qualidade da escola pública.

GLBTT

- Defesa do estado laico.

- Pela aprovação imediata do PLC 122-06 que criminaliza a homofobia.

- Pela livre escolha do primeiro nome em documentos oficiais para os transexuais e travestis.

- Pelo direito de homens gays doarem sangue livremente

- Realização do 1º Encontro de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais da UNE.

- Reeditar o projeto “Universidade Fora do Armário” com abrangência em todas as regiões do país.

- Que a UNE incentive a formação de núcleos GLBT nas universidades e coordenações GLBT nas entidades do movimento estudantil.

- Defesa de um currículo que garanta a liberdade de orientação sexual.

- Que a UNE formule uma semana nacional de intervenções urbanas que combatam a discriminação.

- Que a UNE organize a intervenção estudantil nas conferencias GLBT.

- Garantir espaços GLBT em todos os fóruns da UNE

- Contra a educação heteronormativa

- Que a UNE atue contra a homofobia em moradias estudantis

SAÚDE

- Usar os meios de comunicação da UNE para divulgar a 13º Conferência de saúde.

- Contra os exames de ordem para os cursos de saúde.

- Contra o ato médico. A favor da regulamentação do trabalho.

- Elaboração de uma cartilha sobre o SUS pela UNE.

- Contra os planos de saúde

- Mudança no nome de diretoria de biomédicas para diretoria de saúde da UNE

- Hospitais Universitários de Ensino com 100% dos leitos financiados pelo SUS.

- Defender conselhos gestores paritários nos Hospitais Universitários de Ensino.

- Contra a propaganda comercial da indústria farmacêutica.

- Defesa da luta antimanicomial.

- Ampliação do orçamento nacional para a saúde no Brasil, pela formação de mais profissionais da saúde, de acordo com as necessidades sociais e regionais.

- Defesa dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS: Universalidade, Integralidade, Equidade, Descentralização e Participação Social.

- Ampliação do Controle Social, através da criação de Conselhos Locais de Saúde (Conselhos Gestores) em todas as unidades de saúde próprias e conveniadas ao SUS, com composição paritária de usuários, caráter deliberativo e efetiva participação dos movimentos sociais.

- Regulamentação da Emenda Constitucional 29, além da garantia da ampliação do financiamento da saúde.

- Ampliação do debate sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários no SUS (PCCS-SUS) em todas as esferas de governo.

- Cumprimento da deliberação do Conselho Nacional de Saúde - CNS "contrária à terceirização da gerência e da gestão de serviços e de pessoal do setor saúde, assim como da administração gerenciada de ações e serviços, a exemplo das Organizações Sociais (OS), das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) ou outros mecanismos com objetivo idêntico”.

- Proibição da propaganda de medicamentos e da indústria farmacêutica.

- Contra a abertura indiscriminada de novas escolas na área da saúde. Pela abertura de cursos, priorizando as instituições públicas, apenas após comprovação da necessidade social. O Conselho Nacional de Saúde deve ter poder deliberativo em conjunto com o Conselho Nacional de Educação para a abertura de novos cursos de saúde.

- Defesa do Passe-livre para todos os pacientes do SUS em tratamento.

- Ampliação das equipes multiprofissionais de saúde como estratégia de concretização da integralidade. Defesa da Residência Multiprofissional de Saúde.

- Promover o debate a respeito das Diretrizes Curriculares dos cursos de saúde, para a implementação de currículos que efetivem a integralidade em saúde e a formação de profissionais para o SUS;

REFORMA POLÍTICA

- Criação de instrumentos e mecanismos de participação direta da população nas decisões, na gestão e no controle das políticas governamentais;

- Democratização do orçamento público;

- Financiamento público de campanha;

- Equidade de espaço na rádio e na TV entre as coligações;

INCLUSÃO DIGITAL, TECNOLOGIA E LIBERDADE DE CONHECIMENTO

- Campanha pelo direito a utilização de Software Livre em todos cursos universitários

- Defesa do Open Document Format(ODF) como formato padrão para trabalhos acadêmicos e de comunicação nas entidades estudantis

- Utilização do Creative Commons como licença padrão para disponibilização de trabalhos acadêmicos e para todas publicações da UNE.

- Contra a exigência de editores pré-determinados, mesmo que livres, para a confecção de artigos científicos e trabalhos acadêmicos.

- Utilização do Wiki e de chat (com autenticação se necesário) na organização do movimento estudantil

- Implementação imediata do WIKI da UNE

- Apoio ao projeto Ginga Brasil que consiste na difusão do middleware livre desenvolvido no Brasil para ser utilizado na operação e na interatividade dos dispositivos do Sistema Brasileiro de TV Digital.

- Que a UNE defenda uma Regulamentação imediata do Ensino à Distância no país para evitar a proliferação de cursos sem qualidade no país

- Migração total do site da UNE para Software Livre

- Disponibilização de documentos exclusivamente em formatos abertos no site da UNE

- Disponibilização de um Sistema de Emissão de Carteiras da UNE em Software Livre. A

- Aproximar a diretoria de Inclusão Digital da UNE das entidades de base para buscar maior divulgação das políticas da diretoria

- Maior interação da diretoria de inclusão digital com outras lutas do ME e dos movimentos sociais

- Realização do 2º. Seminário Nacional de Inclusão Digital da UNE

- Participação da UNE na Conferência Latino-Americana de Software Livre em Itaipu-PR

- Participação da UNE no Fórum Internacional de Software em Porto Alegre-RS

- Participação da UNE no Colégio Eleitoral do Comitê Gestor da Internet Brasileira (CGI.br)

DIREITOS HUMANOS

- Por uma verdadeira política de Direitos Humanos no Brasil, fazendo com que sua promoção perpasse o conjunto de instituições e órgãos públicos, a mídia e o conjunto da sociedade, em suas ações e como um valor social.

- Por um novo modelo de segurança pública, baseado na cooperação entre os agentes de segurança e as comunidades e o policiamento preventivo.

- Denúncia da criminalização da pobreza e dos movimentos sociais pelas elites e das torturas e execuções nas periferias e penitenciárias.

- Contra a utilização do veiculo conhecido como caveirão.

- Revogação da Lei de Crimes Hediondos.

- Pela imediata abertura dos arquivos da Ditadura e punição para todos os agentes públicos envolvidos em crimes de tortura, desaparecimentos e assassinatos entre 1964 e 1985 no Brasil.

COMUNICAÇÃO

- Por um Sistema Nacional de TV e Rádio Digital que possibilite a ampliação dos canais e sua ocupação pelos movimentos sociais;

- Defesa das rádios e TVs comunitárias e livres e denuncia da perseguição e repressão promovida pelo Governo Federal contra elas;

- Por mudanças na legislação .de rádios comunitárias que garantam seu direito de existir;

- Criação de conselhos diretores nas TVs e Rádios públicas e universitárias, com a participação de entidades representativas dos diversos setores da sociedade;

- Que as rádios e TVs universitárias sejam instrumentos de divulgação científica e prática profissional pelos estudantes;

- Apoio aos meios de comunicação alternativos.

Resolução de Conjuntura para o 50° Congresso da UNE

Estudantes nas ruas para sacudir o Brasil e conquistar as mudanças!

Vivemos num mundo em crise, sob o predomínio dos ditames de uma superpotência hegemônica militar e economicamente, os Estados Unidos. Para valer seus interesses, o império faz guerras, patrocina embargos e tratados econômicos, apóia golpes militares e governos títeres, desrespeita organismos multilaterais e subjuga a soberania de nações. Sob o capitalismo, agora em sua fase neoliberal, milhões de pessoas morrem todos os anos de fome e de doenças curáveis, enquanto uma pequena parcela de abastados se apropria da maior parte da riqueza produzida.

De outro lado, há que se comemorar o significativo aumento da resistência dos povos ao atual estado de coisas. Os movimentos de contestação, que ganharam destaque no final da década de 90, obtiveram vitórias e continuam articulados, visando contribuir para a construção de um “outro mundo possível”.

A América Latina é o ponto alto da nova fase de resistência, pois aqui se tem buscado construir um projeto alternativo ao neoliberalismo, tendo como base a integração soberana dos países do subcontinente. A busca por um novo projeto resulta do esgotamento das políticas neoliberais, das quais a América Latina foi o principal laboratório. A força dos movimentos sociais e o aumento da consciência popular desencadearam vitórias políticas e eleitorais importantes, alçando forças progressistas ao poder em países como Brasil, Venezuela, Bolívia, Argentina, Uruguai, Equador e Nicarágua, que se somam à heróica resistência cubana. Os movimentos sociais também foram decisivos quando depuseram presidentes e impediram processos de privatização, impondo derrotas aos defensores do neoliberalismo.

A luta pelo êxito desse processo passa por articularmos ainda mais a unidade dos movimentos sociais latino-americanos, ampliando os fóruns e as formas de lutas comuns. Em que pese o predomínio das forças conservadoras no mundo, o levante da América Latina mostra que a resistência se dá em melhores condições, que o período é de fortalecimento das lutas sociais e que é possível, necessária e urgente a construção de uma alternativa.

Brasil

A reeleição de Lula, para além de impedir o retrocesso, foi uma vitória importante. A polarização de projetos, em particular no segundo turno, fez com que a candidatura de Lula assumisse compromissos mais abertamente desenvolvimentistas, como a ampliação das políticas sociais, a necessidade de crescimento acelerado, a geração de empregos, a distribuição de renda e o protagonismo do estado como indutor do desenvolvimento.

De outro lado, demonstrou que o povo rechaça a volta dos neoliberais e suas políticas, como atestaram o isolamento de FHC na campanha tucana e a necessidade que Alckmin teve de negar quaisquer intenções privatistas.

Representou também uma derrota das elites e da grande mídia. Os grupos que controlam os grandes meios de comunicação, já em meados do primeiro mandato e mais ainda na campanha eleitoral, não titubearam na posição de servirem de instrumento dos setores conservadores na política nacional, numa tentavtiva de recuperar o fôlego da direita neoliberal. Derrotados, buscam acuar o governo e comprometer a nova gestão.

A resposta para a superação dos limites do primeiro mandato está colocada. A candidatura de Lula colocou-se como portadora de um projeto alternativo ao neoliberalismo, representando os anseios dos movimentos sociais e da maioria dos trabalhadores. Graças a isso pode, no segundo turno, reaglutinar uma parcela da esquerda afastada devido às limitações expostas nos primeiros quatro anos.

No entanto, os primeiros meses do novo mandato mostram um governo que ainda precisa resgatar o projeto de reconstrução do Estado Nacional. Há um grande avanço quando o governo lança o Programa de Aceleração do Crescimento, visando um investimento de mais de R$ 287 bilhões em infra estrutura e nas áreas sociais, contribuindo para a geração de empregos.Mas, ainda precisamos superar os preceitos neoliberalizantes na política macro econômica, como a política monetarista de juros estratosféricos, a política fiscal de superávit, reforçando a submissão a ditadura do capital financeiro-especulativo, por isso a UNE defende a demissão imediata do Henrique Meirelles presidente do Banco Central. Por um lado, o presidente acerta ao vetar a Emenda 3 – uma Reforma Trabalhista enrustida -, mas por outro, o governo sinaliza com uma nova Reforma da Previdência e com restrições inaceitáveis ao direito de greve do funcionalismo e o limite de reajuste para funcionários públicos federais.

Cabe ao movimento social - e ao movimento estudantil em particular – ampliar seu papel mobilizador e radicalizar na cobrança dos compromissos assumidos na campanha à reeleição: fazer a Reforma Universitária dos estudantes; as Reformas Agrária e Urbana que contemplem os camponeses e os que lutam por moradia nas grandes cidades; para realizar uma Reforma Política que amplie a democracia,como por exemplo o orçamento participativo nacional, a participação popular e combata a corrupção; avançar na democratização dos meios de comunicação. Lutamos para que o Brasil cresça e se desenvolva com geração de empregos e distribuição de renda. Nosso país possui tecnologia de ponta na utilização de fontes energéticas renováveis e menos poluentes. A questão energética, fundamental para um grande crescimento da nação, com a crise do Petróleo, e a preocupação com a redução na emissão de gases poluentes, assume grande importância e passa a ser um assunto de soberania nacional. Porém não podemos perder de vista a necessidade da preservação do meio ambiente mesmo com a utilização de matrizes energéticas renováveis.

A UNE reafirma o seu compromisso com os estudantes e o povo brasileiro na luta contra a corrupção no parlamento e em todos os outros setores da sociedade brasileira, ratifica a necessidade de apurar todos os casos que venham a ferir a Constituição Brasileira. Exigimos a punição de todos os envolvidos, independente da coloração partidária.

O momento exige das entidades um posicionamento mais critico e mais mobilizador, será fundamental a promoção de uma agenda de ações com debates, atos e passeata. É preciso fortalecer e participar ativamente da Coordenação dos Movimentos Sociais e demais articulações amplas que promovam a ação conjunta dos movimentos. Só com unidade e amplitude política conseguiremos organizar as grandes lutas para derrotar o neoliberalismo e construir uma nação mais justa, soberana e democrática.

Resolução sobre Educação do 50° Congresso da UNE

As diferenças de idéias, pensamentos e projetos que fomentam a construção de uma nação perpassam por todas instâncias da vida societária, a universidade é um dos espaços que com mais riqueza reflete esse debate.Quando a educação é pensada enquanto instrumento fundamental para a transformação de valores culturais, sociais e econômicos contribui para a afirmação de um país soberano e desenvolvido.

O cenário atual na universidade é a disputa entre o modelo de universidade como uma instituição comprometida com os rumos da nação ou o caminho da mercantilização do ensino, que retira do Estado a sua capacidade de assegurar a educação enquanto direito social, e de ser o protagonista nas políticas educacionais.

Com a globalização e a imposição para os países latino-americanos da Cartilha do Banco Mundial, aprofundou-se o modelo de privatização das IES. A conseqüência dos oitos anos do submisso governo de FHC, é o retrato de menos de 4% de estudantes universitários, e apenas 9% está na faixa etária de 18 a 24 anos de idade. O avanço da privatização concretiza-se nos mais de 70% dos estudantes matriculados na rede do ensino superior privado. E a fragilidade na qualidade de ensino é alarmante quando a produção cientifica da rede do ensino superior pago representa apenas 3% do que é fomentada no país, é facilmente diagnosticado nessas instituições uma estrutura com laboratórios de informática em más condições, pouco acervos bibliotecários, e o desrespeito ao tripé ensino, pesquisa e extensão, missão da universidade.

A luta dos estudantes brasileiros através da UNE, sempre foi o combate a visão do ensino enquanto mercadoria, por isso a nossa entidade nunca deu trégua para os tubarões de ensino. Enfrentamos o aumento abusivo de mensalidades com muita manifestação e mobilização, e resistimos bravamente a Era Paulo Renato, defendendo a universidade publica, apresentando o Plano Emergencial para as Instituições de Ensino Publico Federal.

No governo Lula, enganavam-se aqueles que achavam que a disputa tinha se encerrado, ao contrário ao apresentar o Projeto de Reforma Universitária acirrou o clima, ao definir o marco da educação como um bem publico e dever do estado, o empresariado assumiu a ofensiva apresentando mais de duzentas emendas e entre elas, afirma a concepção de educação enquanto serviço não exclusivo do estado, cabendo a sua regulamentação ao mercado.

A tarefa principal da próxima gestão da UNE é construir grandes mobilizações unitárias pelas bandeiras históricas dos estudantes: a derrubada dos vetos ao PNE, democracia interna com eleição direta para reitor, participação paritária da comunidade universitária nos colegiados e conselhos universitários, política de assistência estudantil assegurando a plena democratização de acesso com a permanência, e, em especial, o investimento de 7% do PIB em educação. Não podemos permitir a desregulamentação do ensino privado, é fundamental assegurar a aprovação do projeto de lei de mensalidades, apresentado pela UNE no Congresso Nacional.

É um grande desafio para o movimento estudantil brasileiro continuar impulsionado a UNE a desenvolver a tarefa de ser a protagonista nas lutas por uma educação a serviço do povo brasileiro. E essa geração tem dado uma grande contribuição para intensificar a pressão no Governo Brasileiro, contudo, precisamos de mais mobilização, mais ocupações de reitorias, mais passeatas, porque somente com movimento social nas ruas será conquistada a reforma universitária dos estudantes.

Resolução sobre Movimento Estudantil para o 50° Congresso da UNE

Por um movimento estudantil ativo, capaz de canalizar a vontade de todos para a luta pela Nova Universidade e por mudanças no Brasil

O movimento estudantil tem grande papel a cumprir na disputa de rumos que se trava no Brasil. A União Nacional dos Estudantes sempre foi protagonista das lutas e conquistas democráticas na história recente do nosso país. Os estudantes brasileiros têm muita vontade e disposição para lutar.

Somos a geração dos 70 anos da UNE, que com muita criatividade tem renovado os fóruns e espaços de organização da nossa entidade. A consolidação do trabalho cultural, com destaque para a realização da 5ª Bienal e o fortalecimento do CUCA, somados às intervenções nas áreas de sexualidade e gênero, meio-ambiente, políticas públicas para juventude e a articulação da Coordenação dos Movimentos Sociais, são medidas importantes para diversificar a atuação da UNE e ampliar sua capacidade de intervenção política.

Mas ainda há muito a ser feito. Para isso, além da vontade de mudar, é preciso organizar e fortalecer a nossa rede nacional. A UNE em toda a sua história sempre precisou da força dos Centros Acadêmicos (CAs), dos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) e das UEE´s para difundir suas lutas e campanhas, buscando atingir os estudantes no seu dia-a-dia, no seu cotidiano e no interior de cada campus universitário.

Com a realização do 11º CONEB, em abril de 2006, demos passos importantes para a consolidação da rede do movimento e para a unidade dos estudantes em torno de um Projeto Nacional de Desenvolvimento e transformação da educação. Os CA´s de todo Brasil aprovaram no 11º CONEB um novo método para a eleição de delegados(as) ao Congresso da UNE. A eleição por universidade representa um novo marco na participação direta dos milhões de estudantes universitários nos rumos e decisões da UNE. Amplia a participação na base e qualifica politicamente o Congresso, principal fórum da entidade. As universidades se envolvem de maneira mais profunda no debate sobre os rumos da UNE criando um espaço mais amplo para a polêmica e troca de idéias com as chapas apresentando de modo aberto, para todos os estudantes, suas visões sobre os caminhos do movimento estudantil, fazendo ainda mais vivo e pulsante o processo do Congresso,

Democratizar as finanças da UNE e do movimento

Com a implementação do Programa de Reforma Estrutural da UNE e a incorporação de metodologias de planejamento estratégico, nossa entidade passa por uma nova fase em sua organização interna. Isso propiciou maior transparência nas contas da entidade, que passou a experimentar mecanismos de decisão democrática na elaboração do orçamento. As receitas e despesas da UNE são hoje divulgadas e aprovadas semestralmente. Mais avanços ainda são necessários, portanto o Congresso da UNE aprova a organização do Conselho Fiscal da Entidade, a ser regulamentado pela diretoria executiva.

Comunicação

A UNE deu um grande passo quando consolidou seu Departamento de Comunicação, hoje responsável pela assessoria de imprensa da entidade, pela manutenção do portal estudantenet, pela produção de seus materiais impressos, da mala direta, do boletim eletrônico e da revista Movimento. A qualidade da comunicação da entidade tem avançado bastante, contudo, ainda são necessários mais canais diretos não somente de diálogo, mas também de informação e contra-informação. A UNE precisa entrar de cabeça nas campanhas pela democratização dos meios de comunicação e pela proliferação da cultura livre, através das rádios comunitárias, dos canais públicos e universitários de TV e da divulgação da produção áudio-visual dos estudantes brasileiros, lutando inclusive pela criação da TV da UNE. Para aperfeiçoar o debate interno sobre comunicação, o Congresso da UNE aprova a criação do Conselho Editorial, a ser regulamentado pela diretoria executiva.

A cultura associada às ações do movimento estudantil

Outro palco importante tem sido o das culturatas (manifestações de rua associadas a intervenções artísticas) realizadas em meio à programação das Bienais da UNE. A última edição da culturata, além de reivindicar a aplicação de 2% do PIB em cultura, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história de nossa entidade, quando retomamos a posse do terreno do Flamengo, que abrigou a sede histórica da UNE até 1964 – quando a ditadura militar a tomou dos estudantes. Ao contrário daqueles que advogam uma cultura “asséptica”, distante do engajamento e dos problemas da vida real, pensamos que a experiência da cultura como ato ou intervenção política deve ser incorporada também pelas entidades estudantis em suas manifestações.

Aos poucos os CUCAs vão se tornando uma grande rede de jovens artistas espalhada pelo Brasil. Esse projeto se associa ao conceito de que a cultura, quando devidamente instigada, pode transformar a realidade e contribuir para a democratização da cultura. Por isso defendemos a ampliação e a criação de novos CUCAs.

As mulheres também se organizam na rede do movimento estudantil

As mulheres representam 51,25% da população brasileira. Desse total, a maioria habita as áreas urbanas e 27,5% é composto de mulheres jovens, com idade entre 15 e 21 anos. Apesar dos avanços constatados, por exemplo, na escolarização, as mulheres continuam sofrendo bastante com a opressão machista, seja ela aberta ou dissimulada.

Ainda há poucas mulheres nos postos de decisão. Em geral elas permanecem concentradas em profissões ditas femininas. Recebem em média 30% menos do que os homens, ainda que tenham nível de escolaridade em geral superior ao deles.

Os dados de violência contra a mulher são assustadores. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo conclui que cerca de 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano no Brasil – 175 mil ao mês, 5,8 mil ao dia, 243 por hora, 4 por minuto ou uma a cada 15 segundos.

Para discutir esses e outros problemas a UNE organizou encontros de mulheres e tem participado ativamente da luta feminista. Mas é preciso ir além, definindo campanhas concretas e participando ainda mais das iniciativas unitárias promovidas pelas entidades ligadas à área.

Ampliar a democracia e lutar pela igualdade social sempre foram premissas do movimento estudantil. A UNE apóia as diversas lutas sociais, sempre representadas em seus fóruns. No último congresso de nossa entidade um grande avanço foi implementado: a criação da diretoria GLBT. Com isso, a luta contra a opressão e o preconceito ganhou papel estratégico na pauta do movimento estudantil, que pretende levar esse debate para dentro das universidades.

É preciso ainda levar adiante os debates e encontros que a UNE tem feito como o Encontro de Negros e Cotistas, a participação nas campanhas de inclusão digital e democratização dos meios de comunicação, além da articulação com as Associações Atléticas e o movimento de jovens cientistas.

Resolução de proposta consensual: CONEB

Realização regular de um Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB) a cada gestão da UNE, garantindo assim um período maior de construção e mobilização. A regularidade deste fórum fortalece a democracia na entidade, pois as resoluções da UNE são elaboradas em conjunto com os diretórios e centros acadêmicos, parte fundamental da rede do movimento estudantil, o que amplia a capacidade de construção das grandes lutas estudantis em nosso país. Dessa forma, as resoluções aprovadas no CONEB ganham grande poder de mobilização devido à sua maior capacidade de alcançar os estudantes.