Estudantes e sem-terras na ocupação da UFMG
Na capital mineira, a Jornada iniciou no dia 20 com uma ocupação em frente a reitoria da UFMG. Os estudantes levantaram uma barraca de lona,que serviu de espaço para os debates que foram realizados em torno da pauta nacional.
Na quarta-feira, pela manhã, houve um grande ato que reuniu cerca de mil pessoas pelas ruas do centro de Belo Horizonte. A tarde cerca de 200 manifestantes ocuparam o 4º andar do prédio da Ferrovia Centro Atlântica, onde funciona um escritório da Cia. Vale do Rio Doce. A ocupação tinha o objetivo de chamar a atenção para a campanha “A Vale É Nossa”, e reivindicando uma coletiva de imprensa para deixar claro à sociedade, que aquela era uma ocupação pacífica, e justificada uma vez que a vale foi uma verdadeira doação ao capital privado. Atendendo um pedindo da Vale, que afirmou em nota que os manifestantes fizeram dois reféns, a PM invadiu o prédio e prendeu cerca de 130 pessoas.
Entre os detidos estavam, Túlio, Renata, Pedro e Jéssica, que são militantes da UJC. Na ocupação tinha crianças e mulheres que foram algemados e retirados do prédio à força. Todos os participantes da ocupação negaram que tivessem feitos reféns como afirmou a Vale. A ação violenta da PM mineira deixa claro o tipo de relação que o governo de Aécio Neves tem com os movimentos sociais no estado.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) divulgou uma nota, na sexta-feira, em solidariedade aos companheiros presos na ocupação e exigindo a libertação dos mesmos. No mesmo dia, os presos foram liberados, mas devem responder processo. Leia aqui a nota.
Na opinião de Renata Regina, diretora da UBES e militante da UJC, "a Jornada cumpriu seu papel, apresentando os 18 pontos da pauta nacional a toda à sociedade, e foi sem duvida, uma grande vitória dos movimentos sociais alcançarem a unidade entre entidades e organizações que atuavam isoladas desde 2003".
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Fotos: UJC/MG
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