Por uma frente de oposição de esquerda na UNE
As últimas décadas têm sido marcadas pelo avanço de políticas que restringem e retiram direitos da juventude e dos trabalhadores. A forte ofensiva do capitalismo desmonta os serviços públicos para exaltar um projeto que beneficia apenas os ricos em detrimento da grande maioria da população desfavorecida.
No Brasil, após anos de lutas sociais em prol de um projeto alternativo, temos que constatar que nada de essencial mudou entre o projeto neoliberal do Governo FHC (PSDB, PFL e aliados) e a política implementada pelo governo Lula (PT, PC do B e aliados). A política econômica, as reformas neoliberais e o esforço de cooptação dos movimentos sociais não deixam dúvidas a essa conclusão.
A UNE, cuja trajetória é marcada por intensas mobilizações e lutas ao lado dos trabalhadores por uma sociedade livre da opressão dos poderosos, encontra-se paralisada e profundamente distante dos estudantes, sendo incapaz de organizar as mobilizações de resistência ao avanço do neoliberalismo no país. Exemplo disso é a postura adesista da entidade diante da reforma universitária, que promove a privatização da universidade pública e amplia as concessões para os tubarões da educação privada.
Vale dizer que o 11º CONEB, importante espaço de discussão e articulação das entidades de base (CA’s e DA’s) de todo país, é fruto da luta de quase uma década dos setores de oposição do movimento estudantil por uma UNE presente, atuante, democrática e combativa. A não realização deste fórum desde 1998, por opção da direção majoritária (UJS e aliados), só contribuiu para desarticular o movimento estudantil e suas lutas.
Diante da burocratização e do atrelamento ao Governo, impõe-se para as lutadoras e os lutadores do movimento estudantil o esforço de construir uma ampla frente que reafirme todas as bandeiras históricas abandonadas pela atual direção majoritária da UNE.
É por acreditarmos ser fundamental a construção de um movimento combativo, autônomo e radicalmente democrático que propomos a construção de uma FRENTE DE OPOSIÇÃO DE ESQUERDA, que aglutine estudantes, coletivos políticos, CA’s, DA’s, DCE’s e Executivas de Curso, para defender a autonomia do movimento estudantil frente a Governos, Partidos e Reitorias, organizar mobilizações e lutas unitárias com o conjunto dos movimentos sociais e construir lutas:
· Contra a reforma universitária do Governo Lula;
· Por uma avaliação de verdade – pelo boicote ao ENADE e contra o Exame de Ordem nos cursos da área da saúde;
· Por ampliação de verbas para as universidades públicas;
· Por ampliação de vagas com qualidade na defesa da universalização do acesso e pela ampliação da assistência estudantil nas universidades públicas;
· Contra os cursos pagos e as fundações privadas nas universidades públicas;
· Por redução de mensalidade e a garantia incondicional de rematrícula às/aos estudantes inadimplentes nas pagas;
· Por democracia na educação superior;
· Pelo passe livre;
· Pela democratização da comunicação;
· Pelo fim de todas as formas de opressão
Assinam: A Hora É Essa / Contraponto / Correnteza / Domínio Público / Nós Não Vamos Pagar Nada / Romper o Dia
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